Lá na roça eu dormia mais profundo que a cutia
Lá de longe se ouvia melodia caipira
A chuva
A mata virgem
Me embalavam no sossego
Era longe
Era perto
Infinita escuridão
Vaga – lume
Vaga estrela
Brilha o olho da coruja
Pingo d’água
Pingo prata
Que goteja no cerrado
Na minh’alma corre um rio mais escuro que argila
Quanto mais nela mergulho mais profunda vou ficando
Dentro dela eu carrego a tristeza dos cavalos açoitados no trabalho
E o receio das galinhas assoladas no poleiro
Toda torta
Bicho torto
Do pé torto enlameado
Não tem jeito
É recalcada
E já se foi pro atoleiro
Lá de longe se ouvia melodia caipira
A chuva
A mata virgem
Me embalavam no sossego
Era longe
Era perto
Infinita escuridão
Vaga – lume
Vaga estrela
Brilha o olho da coruja
Pingo d’água
Pingo prata
Que goteja no cerrado
Na minh’alma corre um rio mais escuro que argila
Quanto mais nela mergulho mais profunda vou ficando
Dentro dela eu carrego a tristeza dos cavalos açoitados no trabalho
E o receio das galinhas assoladas no poleiro
Toda torta
Bicho torto
Do pé torto enlameado
Não tem jeito
É recalcada
E já se foi pro atoleiro