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Mostrando postagens de julho, 2008

Semente

Que tola pretensão a minha achar que poderia ajudar aqueles que não querem ajuda... Mundo tirano! Não, o mundo não é tirano, o problema são as pessoas, que podem fazer um mal danado a si mesmas, aos outros e ao mundo. Acreditei como uma imbecil, que envergada de palavras e idéias, poderia mudar o mundo; minha ambição nem chegou a tanto, me bastava uma única pessoa, que não se trata de uma pessoa qualquer, e sim aquela que para mim é única. Em determinados momentos, no calor da palavra, interrompidas pelo soluço do choro, quase implorei para fizessem efeito. Pedia, mesmo no fundo sabendo não ser o suficiente, que não apenas me ouvisse, mas que ao menos pensasse a respeito. Pedia para que, por favor, entendesse o que estava a dizer e uma vez mais, por favor, pense no que estou dizendo. Sei que por vezes pensa, mas acho que o que sempre prevalece é a vontade de permanecer imóvel, assim é mais cômodo. Num primeiro momento veio o êxtase e a satisfação em poder ajudar, pois acred

Deixe-me

Deixe-me voar, Flutuar, Gravitar, Girar, Levitar, Propalar, Desaparecer no ar, Rodopiar até me desequilibrar, Pisar estrelas, Adentrar as nuvens do céu, Ser céu, sol, caracol, Ser alvorada, crepúsculo, sinfonia, Içar velas para seguir viagem, Peregrinar em terras encantadas, Penetrar o paraíso em bem aventurança, Torna-me luz, Mas não esqueças de me vir apagar de forma que se faça valer o brilho de um só instante que seja. Hei de dançar, em passos ligeiros, lentos, calmos, afoitos, equilibrados, desajeitados, ornados, torpes, ousados, receosos, alegres, pesarosos, culposos, sossegados, a acompanhar ardente sinfonia. Seguem-se aplausos, Seguem-se vaias, Segue-se a banda a tocar até o espetáculo acabar, Hei-me a dançar... Hei-me a vibrar... Hei-me a viver... Hei-me a fenecer...

Revele

Revele-me seu inferno, Revele-me seus crimes, Revele-me seus pensamentos mais vis, Revele-me suas trevas, Revele-me seus desejos mais obscuros, Revele-me a sujeira varrida para baixo do tapete, mas não deixe que esta se espalhe e macule o que realmente és. Não me venhas mostrar supostas anormalidades de sua personalidade por meio de prantos culposos. Venha e se exponha seguro de si para além de sua sujeira conhecedor de sua verdadeira natureza. Que os fantasmas do passado jamais governem lhe o presente e lhe destrua o futuro. Que seus demônios sejam neutralizados e trabalhem a seu favor. Que estejas cá presente independente das desgraças que lhe ameaçam o equilíbrio. Que seus dramas de demasiadas origens verguem-se ante sua liberdade de escolha em levá-los ao topo ou ao cabo. Ereto, em movimento, soberano de si mesmo. A realizar a mais difícil das tarefas, você, livre para ser.