As relações humanas são situações de todo embricadas, complexos emaranhados de emoções repetidas, catárticas , mais energética que o laxante e menos que o drástico, uma teia rasteira, efêmera sujeita a delinquir ao menor esbarrão.
Para debates que tangem emoções arraigadas, ilusões aferradas, erguem-se questões infinitamente redundantes, para as quais deve-se respostas igualmente supérfluas. Para perguntas sem respostas, não há perdão, há que se ter resposta devidamente elaborada para responder às espectativas do interrogante. Convém, para tanto, nos aprofundarmos neste ponto, posto que responder satisfatóriamente, exige a capacidade de discernirmos sobre as expectativas do próximo em relação a nós, tendo analisado e ponderado sobre tais expedientes, devemos então elaborar uma resposta adequada para cada interrogante em questão.
Para que a resposta seja aceita positivamente é necessário um trabalho de formulação de oratórias que correspondam ao que o outro quer ouvir e não ao que você realmente considera ou nem se quer considera. Pois, neste sentido, em geral, as pessoas não estão preparadas para o que somos, pela falta de objetividade racional que por vezes possamos apresentar, ou quem sabe para uma transformação considerável, que fuja aos requesitos padrão.
Não tem explicação, portanto, não é padrão, não é padrão, por conseguinte, não há aceitação, positivação. Portanto, resta-nos apelar às paredes, que não questionam, que não aceitam nem renegam, não julgam, nem pretendem saber de nós o que nem nós mesmos sabemos, não pressionam, nem tensionam, apenas ouvem, não importa compreender, simplesmente se calam para que o coração de quem vos fala saiba dizer, sem temer, nem responder, o que se passa dentro de nós. O caminho de ascensão se trilha sozinho, pois não pode estar lá fora, nem no outro, o que se encontra aqui dentro.