Sou das coisas mal planejadas
Dos feitos de embora, de última hora
Do coração batendo à frente do tempo
Pressa infantil
Dos que não esperam
Saem batido as portas do tempo
Abrigados num relógio
Um coração tic tac
Hoje é o prazo final
Hoje é o dia em que começa
E o dia em que termina
É próximo o último grão de areia
Que brinca se cai ou se não cai
Sobe desce, numa gangorra de agústia
Pende e toca o final, num chamado do tempo
Medida arbitrária da duração das coisas
Afinal tudo acontece, ao nascer e morrer do dia