Realidade, ó anarquia decrépita.
Expele verdades tal qual pus da ferida.
Descarada mentira estapeia-me a cara.
No correr do dia e ao cair da noite, se diz cumprir o segredo do sucesso!
Nada melhor que um jargão porcalhão!
A vida é uma festa, então pague o ingresso!
Todos a postos, meneia a multidão,
Contundida argamassa.
Certeza dos fatos, aprazível remédio.
Tecnologia em ascendência,
Miríade virtual.
Bem-vindos senhores e senhoras escancaram-se as portas,
Façam de vos nutritivo alimento,
Sinto cheiro de carne... Fareja o caçador.
Os ardis maquinários,
Ornam o espaço e a todos envolve em sutil perversão.
Tenazes sujeitos sujeitam-se ao fim,
O tempo urge em aguda distorção.
Homens formiga, débeis corpos cansados.
Desejos dragados,
Amálgama universal.
Colossal compressor,
Humanidade anônima.
Ardida chicotada.
Poderosa imagética, em esboço amador.