Invólucros vazios
Desprovidos das mais ávidas paixões
Dos ímpetos de empenho
Do interesse natural
Pela sedução das maravilhas
Existe sede
Existe fome
Em mergulhar profundamente
Procurando desviar
Ponderando se entregar
Em sofrimento prolongado
Que se estende pelo corpo
Colérico e cansado
Uma vontade corrompida
Deveras falseada
Forjada em satisfação
Pagamento haja vista
Mentiras creditadas
Falhas parciais
Modelos imprecisos
Consubstancia
Fatos e impressões
Nada além
Do que está além
Do dizível e visível
Apenas crível e viável
Em eterna insatisfação
Terra ávida e incessante
Donde as buscas não têm vim
Numa esteira sempre constante
Uns se erguendo
Outros caindo
Em rios caudalosos
Muitos corpos se entregam
Às correntes traiçoeiras
Haverão todos de pagar
Pelo desejo, pelo ensejo
Controlando seus humores
Refazendo seus caminhos
Desfazendo seus enganos
Expiando suas culpas
Neste Dédalo Purgatório
Aos poucos se achegando
Sem que haja dúvidas
Tudo a seu tempo
Um tempo que seja seu
Desconhecido do relógio
No qual pobres diabos se apegam
Venha...
Se achegue
Num tempo somente seu
Se entregue
Mas que seja primeiro a si mesmo
Amante a unir-se num só
Hás de compreender
Que estás além da fome que te atormenta
Da sede que te mortifica
Hás de compreender
Que não há tempo algum
Em que se possa contar nem conter
O que somos
E então hás de chegar antes que te possas notar
Desprovidos das mais ávidas paixões
Dos ímpetos de empenho
Do interesse natural
Pela sedução das maravilhas
Existe sede
Existe fome
Em mergulhar profundamente
Procurando desviar
Ponderando se entregar
Em sofrimento prolongado
Que se estende pelo corpo
Colérico e cansado
Uma vontade corrompida
Deveras falseada
Forjada em satisfação
Pagamento haja vista
Mentiras creditadas
Falhas parciais
Modelos imprecisos
Consubstancia
Fatos e impressões
Nada além
Do que está além
Do dizível e visível
Apenas crível e viável
Em eterna insatisfação
Terra ávida e incessante
Donde as buscas não têm vim
Numa esteira sempre constante
Uns se erguendo
Outros caindo
Em rios caudalosos
Muitos corpos se entregam
Às correntes traiçoeiras
Haverão todos de pagar
Pelo desejo, pelo ensejo
Controlando seus humores
Refazendo seus caminhos
Desfazendo seus enganos
Expiando suas culpas
Neste Dédalo Purgatório
Aos poucos se achegando
Sem que haja dúvidas
Tudo a seu tempo
Um tempo que seja seu
Desconhecido do relógio
No qual pobres diabos se apegam
Venha...
Se achegue
Num tempo somente seu
Se entregue
Mas que seja primeiro a si mesmo
Amante a unir-se num só
Hás de compreender
Que estás além da fome que te atormenta
Da sede que te mortifica
Hás de compreender
Que não há tempo algum
Em que se possa contar nem conter
O que somos
E então hás de chegar antes que te possas notar