Vamos nos encontrar no cais de um navio prestes a afundar, ali me beijes irradiando certa dúvida, pois só assim lhe verei por dentro.
Se a noite for duradoura prometo lhe dizer palavras suaves até você dormir e quando isto ocorrer tomarei em uma taça fina de cristal, meu veneno favorito.
Em goles dolorosos a cicuta desce, marcando toda minha passagem por este mundo.
Quando acordares estarei a iluminar, como os raios do sol, sua face agora desamparada sem minha presença carnal.
Não me julgues, pois ao teu lado meu corpo não mais acordou.
Saibas que lhe devo o mundo e este lhe darei, repleto do amor que jamais pude conceber em vida.