O canto de um pássaro num fim de tarde, conversas isoladas num canto.
Fotos congelando imagens em paralelo a uma memória esquiva, sem provas convincentes.
Um perfume que exala lembrança, vestígios não investigados.
Rumores, murmúrios, sons disformes flutuam no espaço e desaparecem como transeuntes no horizonte enevoado.
Não há nitidez a não ser pelas moléculas de água que contra a luminosidade existente, apresentam um formato supostamente arredondado.
Água: forma manipulável e volume fixo, fria, quente, morna contrapondo-se a prateleira de livros, duros, sólidos, maciços.
A partícula d’ água pousa sobre o livro provocando uma verdadeira revolução, vindo a evaporar.
Fotos congelando imagens em paralelo a uma memória esquiva, sem provas convincentes.
Um perfume que exala lembrança, vestígios não investigados.
Rumores, murmúrios, sons disformes flutuam no espaço e desaparecem como transeuntes no horizonte enevoado.
Não há nitidez a não ser pelas moléculas de água que contra a luminosidade existente, apresentam um formato supostamente arredondado.
Água: forma manipulável e volume fixo, fria, quente, morna contrapondo-se a prateleira de livros, duros, sólidos, maciços.
A partícula d’ água pousa sobre o livro provocando uma verdadeira revolução, vindo a evaporar.
O livro permanece o mesmo, intacto exceto por uma minúscula mancha em sua página.
O que pensava eu exatamente quando a vi pousar?
E os demais, que pensavam?
Quem mais além de mim a viu?
Seria sensato pousar meus pensamentos sobre as páginas de um livro como gotículas d’água que se precipitam causando uma tempestade a borrar as palavras impressas?
Minhas linhas junto de seus parágrafos se tornariam um só borrão de tinta sobre a superfície amarelada de uma folha de papel.
Amarelada, apagada, sem a melodia das folhas do outono, sem a riqueza dos raios de sol.
Pés que se arrastam abaixo da cúpula virtual, aspiram pelo ruído quebrado das folhas secas do chão outonal, assim como o sangue concentrado nas veias se projeta diluído em crepúsculo no céu.
Aqui e acolá permeio, atravesso, me exponho me fecho e restrinjo cingindo os sentidos a tona.
O que pensava eu exatamente quando a vi pousar?
E os demais, que pensavam?
Quem mais além de mim a viu?
Seria sensato pousar meus pensamentos sobre as páginas de um livro como gotículas d’água que se precipitam causando uma tempestade a borrar as palavras impressas?
Minhas linhas junto de seus parágrafos se tornariam um só borrão de tinta sobre a superfície amarelada de uma folha de papel.
Amarelada, apagada, sem a melodia das folhas do outono, sem a riqueza dos raios de sol.
Pés que se arrastam abaixo da cúpula virtual, aspiram pelo ruído quebrado das folhas secas do chão outonal, assim como o sangue concentrado nas veias se projeta diluído em crepúsculo no céu.
Aqui e acolá permeio, atravesso, me exponho me fecho e restrinjo cingindo os sentidos a tona.