Algo capaz de moldar essa coisa que me move pelo tempo e espaço de agora
A muito não chove e desaprendi a nutrir esse ser que me habita
O que faço dessa consciência que ocupa meu corpo?
Para onde devo guia-la?
Será que perdi o ritmo para conduzir?
Meu sinal não chega até ela, nem ela chega até mim
Eu até encontrei o caminho, uma ponte que por vezes surgia
Mas o desgaste natural das coisas que com o tempo se consomem, apagou os passos que eu havia dado em direção a ela
As memórias se confundem com uma fantasia do passado de cores desvanecidas
As palavras antes tão claras agora tão ilegíveis sob um papel a mercê do tempo, minha única percepção de dimensão
O tempo, as cores, as formas, o espaço e os sentidos são meu mundo todo e ele não passa de cognição, sinais elétricos enviados para o meu cérebro
A música, trilha que carregava o campo magnético do meu coração que parecia saber mais que apenas bater, deixou escapar minha alma para fora do corpo
E agora, como eu posso te alcançar?