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Revolução pessoal


Para promover a transformação, a renovação, a revolução, é preciso partir de si mesmo e não meramente de autores, manuais, ideais, opiniões alheias, filmes, professores, cursos, dentre tantos outros. A revolução começa internamente e a partir daí se expande para o mundo externo em consequência da transformação que já explodiu e inundou todo o seu ser que viu com seus próprios olhos a ilusão erguida diante de si como realidade.
Não se trata de concordar ou discordar desta ou daquela posição, não estamos falando em posicionamento, estamos falando daquilo que é. Quando a transformação torna-se o próprio ser, sua consciência se desloca em direção ao caminho da revolução tornando irresistível a mudança a sua frente.
Não se trata de fé cega, crer sem ter experimentado por si mesmo a implantação de uma nova consciência, não se trata de seguimentos nem de aceitação deste ou daquele dogma, colocações e posicionamentos, não há fé nem religião, existem apenas certezas quando visualizamos pessoalmente a realidade que habitamos de um panorama maior.
Não adianta concordar com quem quer que seja, é preciso ver e perceber por si só a ilusão em que vivemos e tudo há de se tornar tão claro que tal realidade torna-se inaceitável. É preciso partir do coração, despido de sentimentalismos, da razão, livre de condicionamentos, atingindo lucidez o suficiente para perceber o cenário erguido e por meio desta percepção abrir aos poucos as cortinas desta grande peça. Então, o que temos como tudo, perde o sentido e abre-se um mundo infinito de possibilidades, do desconhecido pronto para ser explorado por nós mesmos, independentes de opiniões alheias, posicionamentos consagrados, de visões especialistas. A viagem passa a ser trilhada de acordo com nosso verdadeiro ser e não de acordo com o que nos foi imposto ou empurrado goela abaixo.
Um caminho onde somos senhores de nós mesmos, onde temos a capacidade independente e confiante de decidir sem nos basearmos nisto ou naquilo, é preciso conquistar a confiança em nossas capacidades ainda não exploradas, ainda desconhecidas, nos empenharmos no desenvolvimento livre e infinito da capacidade humana em conjunto com todo o resto, em unicidade e não em desagregação. Não há superioridade deste ou daquele grupo, o que existem são seres que fazem parte de um mesmo organismo que só terá desempenho a frente se houver contribuição e trabalho em conjunto ao invés de curvarem-se a divisões inúteis e ilusórias que só fazem senão destruir o organismo em que vivem, não os levando a lugar algum, mergulhando todos em uma panaceia inútil.
É necessário trilhar o caminho para então aderir a causa, a vontade nasce no coração daquele que viu por si mesmo a verdadeira vocação dos seres que herdaram a vida do infinito universo.

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Possível

Se existe mesmo a imortalidade das coisas é possível ainda ver a chuva do outro lado do oceano É possível presenciar as auroras boreais tão distantes daqui onde o horizonte não alcança É possível ver o desabrochar das flores do extremo oposto do planeta É possível ver o nascer do sol de onde nunca o vi nascer É possível ver as florestas e sentir exalar o cheiro das coisas tão distantes de onde estou É possível ouvir as vozes e idiomas desconhecidos do meu É possível ver os rostos dos seres em realidades tão diversas da minha É possível ainda que não haja tempo experimentar tudo aquilo que não provei É possível saborear todos os gostos que não conheci   É possível me conectar a todas a pessoas que nem sequer imaginei É possível viver o dia que jamais esperei É possível deixar para trás É possível chegar ao destino É possível compreender definitivamente É possível alcançar completamente Vou inspirar profundamente E exalar o ar até que se acabe Enxergar o
 Eu gostaria de me encontrar comigo mesma Em algum lugar fora do espaço tempo E então questionar todos os desejos despertos ao longo do tempo Eu me olharia nos olhos e estes estariam repletos e vazios Seria eu um ser insondável por natureza, se questionando como se isso estivesse em seu código genético Sempre um ímpeto insaciável me draga até os meus próprios mistérios, uma terra desconhecida que nunca consigo alcançar Porque a sonda que envio para dentro do meu ser nunca atinge uma superfície sólida onde possa pousar? E se eu vagar eternamente no espaço como poeira?