Pular para o conteúdo principal

Aida


Aida acorde
Venha até aqui
Estou aqui fora, no jardim
Estou a sua espera
Venha...
Ainda é cedo Aida
Sinta...
Sente a brisa marítima,
Soprando ao pé da orelha?
É para você Aida
Um sopro harmônico
Do mar para você
De longe toca uma canção no rádio
Daquelas que te faz vibrar
No íntimo você quer dançar
Dance comigo Aida
Dance comigo...
Sua dança traz o mar para perto
Ele avança manso e se arrasta a seus pés
Aida é pura música
Gira no ar como um anjo
Sorria Aida, o sol nasceu para você
A sinfonia são seus passos
Seu rosto iluminado
Aida você nasceu para brilhar
É tão fácil se encantar
Por Aida
Aonde quer que você vá
A luz irá te buscar
As estrelas irão te procurar
O mar irá te abraçar
Com a força da maré
Num campo gravitacional
Ideal para que Aida erga-se com as ondas
Aida orbita no universo
Acima das constelações
Para além de galáxias distantes
Aida seu corpo é dança
Sua alma é música
É a harmonia do cosmos
Aida é mais do que posso dizer

Postagens mais visitadas deste blog

Possível

Se existe mesmo a imortalidade das coisas é possível ainda ver a chuva do outro lado do oceano É possível presenciar as auroras boreais tão distantes daqui onde o horizonte não alcança É possível ver o desabrochar das flores do extremo oposto do planeta É possível ver o nascer do sol de onde nunca o vi nascer É possível ver as florestas e sentir exalar o cheiro das coisas tão distantes de onde estou É possível ouvir as vozes e idiomas desconhecidos do meu É possível ver os rostos dos seres em realidades tão diversas da minha É possível ainda que não haja tempo experimentar tudo aquilo que não provei É possível saborear todos os gostos que não conheci   É possível me conectar a todas a pessoas que nem sequer imaginei É possível viver o dia que jamais esperei É possível deixar para trás É possível chegar ao destino É possível compreender definitivamente É possível alcançar completamente Vou inspirar profundamente E exalar o ar até que se acabe Enxergar o

Show de horrores

Tenho andado por aqui já não é de hoje Sempre me trazem de volta e de volta a qualquer lugar... Ao mesmo lugar Comprimo toda a extensão destes anos, dessa infinitude num pequeno invólucro A partir daí a consciência segue a se esquecer, a tornar-se gradativamente medíocre e pequena Apegada e presa, atada a valores e ilusões, venho mentindo estar tudo bem desde então Tapo os olhos para não ver o horror, tenho medo, não posso abri-los e encarar meu próprio rosto Temo as respostas às perguntas que faço, então me mantenho na superfície, adio a descida até as profundezas deste oceano desconhecido Estou sempre ponderando se vou mesmo fundo na verdadeira natureza da consciência a mover este veículo carnal perdido em sua pequenez Descobrir, buscar, aquilo que no fundo já sei, mas escondo para não perder o controle No silêncio profundo desta consciência infinita um aviso emerge de tempos em tempos: Não há como escapar, nem se esconder, você sabe! Este hospício de caminho
 Eu gostaria de me encontrar comigo mesma Em algum lugar fora do espaço tempo E então questionar todos os desejos despertos ao longo do tempo Eu me olharia nos olhos e estes estariam repletos e vazios Seria eu um ser insondável por natureza, se questionando como se isso estivesse em seu código genético Sempre um ímpeto insaciável me draga até os meus próprios mistérios, uma terra desconhecida que nunca consigo alcançar Porque a sonda que envio para dentro do meu ser nunca atinge uma superfície sólida onde possa pousar? E se eu vagar eternamente no espaço como poeira?