Em casa todos dormem…
Sua mente insone se angustia cada vez mais sob a opressão do silêncio.
Levanta-se da cama, procurando o controle da TV.
Madrugada, droga de filme B!
Desiste da TV.
Alarmes acionados, empecilho para os zumbis da noite.
Do outro quarto sonoros roncos ecoam.
Pé por pé desativa o alarme. Os roncos continuam. O caminho está livre.
Veste uma roupa qualquer.
É dado início a fuga.
Desce vagarosamente as escadas. Os roncos permanecem regulares.
Onde estão as chaves do carro? Porque nunca deixam no gancho?
Vai até a cozinha e lá estão sobre a mesa.
Abre a porta evitando ruídos. Os roncos, ainda os ouve. Sinal livre.
Agora a parte mais difícil, levar o carro. A arma do crime. Sem provocar um escarcéu.
Gira a chave na ignição. Olhos fechados. Implora para que a mecânica do som falhe desta vez.
Maldito seja, funcionou e muito bem.
Motor ligado, não há como voltar atrás.
Assim que se afasta de casa sente-se cada vez melhor. Liga o som e perde o rumo.
Duas da manhã. Cidade fantasma.
Maria fumaça. Maria gasolina. Maria em fuga.
Acelera o carro e junto vai seu coração.
Nada mais importa. Está partindo. Toma a estrada.
Estremece, mas não se arrepende, está decidida. É chegado o momento.
Ultrapassa os limites de velocidades e quer ainda mais.
Não há como voltar atrás e nem quer.
Pelo espelho olha para o banco traseiro. Lá está ela, sentada a esperar.
Olhos vidrados. Está em serviço.
Por vezes atende a chamados de emergência. Se ela vem não há como voltar atrás.
No volante sente um frio na espinha. Enjoa. Permanecem os olhos a observá-la.
Está obstinada, chamou e ela veio atender-lhe o pedido.
Pela última vez em sua vida olhou pelo espelho e piscou para ela.
Girou o volante e o fim se dera num piscar de olhos.
A fuga. Ato consumado.
Sua mente insone se angustia cada vez mais sob a opressão do silêncio.
Levanta-se da cama, procurando o controle da TV.
Madrugada, droga de filme B!
Desiste da TV.
Alarmes acionados, empecilho para os zumbis da noite.
Do outro quarto sonoros roncos ecoam.
Pé por pé desativa o alarme. Os roncos continuam. O caminho está livre.
Veste uma roupa qualquer.
É dado início a fuga.
Desce vagarosamente as escadas. Os roncos permanecem regulares.
Onde estão as chaves do carro? Porque nunca deixam no gancho?
Vai até a cozinha e lá estão sobre a mesa.
Abre a porta evitando ruídos. Os roncos, ainda os ouve. Sinal livre.
Agora a parte mais difícil, levar o carro. A arma do crime. Sem provocar um escarcéu.
Gira a chave na ignição. Olhos fechados. Implora para que a mecânica do som falhe desta vez.
Maldito seja, funcionou e muito bem.
Motor ligado, não há como voltar atrás.
Assim que se afasta de casa sente-se cada vez melhor. Liga o som e perde o rumo.
Duas da manhã. Cidade fantasma.
Maria fumaça. Maria gasolina. Maria em fuga.
Acelera o carro e junto vai seu coração.
Nada mais importa. Está partindo. Toma a estrada.
Estremece, mas não se arrepende, está decidida. É chegado o momento.
Ultrapassa os limites de velocidades e quer ainda mais.
Não há como voltar atrás e nem quer.
Pelo espelho olha para o banco traseiro. Lá está ela, sentada a esperar.
Olhos vidrados. Está em serviço.
Por vezes atende a chamados de emergência. Se ela vem não há como voltar atrás.
No volante sente um frio na espinha. Enjoa. Permanecem os olhos a observá-la.
Está obstinada, chamou e ela veio atender-lhe o pedido.
Pela última vez em sua vida olhou pelo espelho e piscou para ela.
Girou o volante e o fim se dera num piscar de olhos.
A fuga. Ato consumado.