Esse texto escrevi em meu terceiro dia aqui em Brno, devo antes de mais nada me desculpar pela falta de acentos mas o teclado sendo tcheco fica complidado, mesmo configurado para versão em inglês não é a mesma coisa... meu Deus consegui botar acento vejam só, mas leva tempo para descobrir os comandos de acento hehehe puxa vida que loucura!
De volta ao texto, que não passa de um punhado de palavras, por vezes soltas, que expressam minha primeira impressão a despeito deste novo mundo, meus pensamentos e sentimentos.
Apesar de já ter aprendido a andar pelo centro da cidade, sinto-me deslocada, não faço parte deste lugar, mas com certeza este lugar já faz parte de mim.
As vezes enquanto caminho a fim de conhecer e passar o tempo, penso que estou em alguma cidade do Brasil, apesar de o estilo e das construções aqui desmentirem minha ilusão. Acredito que se sua mente se abre afim de absorver tudo de novo que este mundo tem a oferecer, as coisas tornam-se bem mais aceitáveis e até divertidas. É engraçado passar pelas pessoas na rua e não mais ouvir minha língua, é um ouvir e não ouvir já que nao posso entender o que estão dizendo. Neste momento assumo o papel de uma forasteira que jamais soube se situar, não me adequo, não me encaixo, parece-me que sempre fora assim, mas sinto na pele o que isso quer dizer não só em minhas reflexões, agora tudo está em prática.
Quando me comunico com as pessoas nos cafés, restaurantes e supermercados, estas mal me entendem (quando não falam o inglês) o que elas pensam? O que elas vêem?
Vêem uma desconhecida que não pertence a lugar algum, como poderia me definir? Se é que algum dia me defini... Como sempre costumo dizer e repito, uma vez mais: Não faço questão de me definir, pois deste modo estaria optando por um modelo que ainda poderá sofrer transformações.
Não há nem haveria como saber a forma com que lidaria com meus sentimentos.
O impossível é apenas aquilo que ainda não vimos...