quinta-feira, junho 16, 2011

O amanhã

O amanhã permanece em suspenso, porque hoje é o que importa para quem tempo infinito suporta.
A ansiedade, quiçá uma dúvida estúpida sobre o querer ser, sobre o dia seguinte, um futuro limite legado aos iludidos.
Uma só vida entre os temidos.
A natureza mesma das imersões, fascínios e declínios.
O começo de um eclipse, um sol que não nasce nem se põe.
A casa está viva, eis que se move em rotação. Aos poucos, percepção.
Ei-los mortos estagnados, corpos-mentes inertes. Encantados pelas novidades de um mundo que se arrasta e repete. Arrasta e repete. Arrasta e repete. Arrasta e repete.
Ecoa eternamente em diferentes tons.
Caranguejos a arranhar a superfície. Um mito, esperança irrealizável.
A superfície deixo para os tolos.