quarta-feira, março 29, 2006

Lembraças que se eternizam

A Vida é um lampejo repleto de magia, tão singela e complexa, ínfima nos transcende à imensidão.
Milhares de vezes procurei por seu rosto pela multidão na esperança de encontrá-lo onde quer que fosse, conhecendo no fundo a impossibilidade de meu desejo se realizar.
Queria que você estivesse aqui, nesse exato momento, sentado ao meu lado com o mesmo olhar sério e aventureiro que costumava ter.
De que é feito o espírito? O que é sagrado? Não saberia eu responder se não fosse pelo amor.

Amor é aspirar conhecer profundamente, não sendo possível descobri-lo por completo.
É navegar mares sem cessar.
É explorar sua infinita grandeza e apenas nela saciar-se.
É determinar-se vê-lo a si unido eternamente, mesmo que longínquo.
É transpor barreiras do tempo e espaço.
É desconhecer e pertencer a planos que a natureza alguma condiz.
É vagar sem destino, sem saber, nem entender.
É entregar-se sem como nem porque e nele viver.
É ter fé no que não imaginamos existir.
É ter coragem para buscar aquilo que jamais se pode ter.
É ter força para com isso viver e assim não desistir.
É almejar certeza onde existem apenas dúvidas.
É ganhar e perder chão.
É ser e não ser e dele não desvencilhar-se.
É estupor.
É agir sem alcance.
É caminho sem volta.
É abandono.
É humano e desumano.
É arte final.
O amor nada é a não ser aquilo que se espera que seja, pois perfeitos não somos no ato de amar, mas este em essência, perfeito é e isto é o suficiente para mantê-lo vivo.