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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Desculpe-me

Desculpe-me não dizer Prometi ligar, mas não liguei Prometi voltar, mas não voltei Prometi escrever, mas não escrevi Destinos, promessas, esperanças firmadas em aparências Cumpro o silêncio que me deixa calar A expressão do desejo se reflete na presença desnecessária das palavras Desculpe-me não dizer. O não manifesto das palavras se insurge contra a oratória que prova Imputa ânimo naquele que escuta, vence ou convence. O que preciso eu dizer ao ego que me ouve Esclarecer, amanhecer sobre mim explicações imprecisas Há fenômenos sobre os quais prefiro nada dizer Há que se cumprir algo além de palavras Seja sorte, sina a sair do ventre, nascer do ovo A manar de si e inundar tudo o que há