Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2010

Mil anos luz

Não preciso de nada... Nada que me faça sentir que anos a fio irei viver Décadas, séculos adiante... Sou transitória, eterna Não dói a idéia de que a morte segue Dói-me a brevidade que me expõe à dureza das coisas De uma cor que desbota De um rosto que desvanece De uma memória que se apaga Uma verdade digna de morte Um espaço entre coisas Quem vai segue adiante Uma nota que toca Concisa e precisa Digo: Fique e permaneça Sussuro: Vá e desvaneça Essa sílaba, divisa entre consoantes e vogais Uma alma entre mil mundos Um ruído do tempo, do agora Afora há sempre um amanhã Tantos que nem sei quantos Não há tempo nem espaço que se nos possa limitar Estou partindo Por vezes fugindo Mas estou chegando Aos poucos Num raio de mil anos luz