São 23h30min, estou em casa a me arrumar para a Festa. Roupas quaisquer, brincos quaisquer, sapatos quaisquer, mas maquiagem hoje não, o palhaço vai sem máscara. Não pretendo impressionar, quero mesmo é me impressionar, com a festa, com os ritos e universos paralelos. Quero mesmo é ouvir risada barulhenta, gargalhadas que ecoam e destoam do ambiente finesse . Todos olham, giram os olhos e cochicham aos ouvidos. Quero mesmo é apreciar numa taça de aparências a balbúrdia do evento, beberico cada mundo do universo com a sede de um flâneur . Giram luzes coloridas, giram luas fragmento, as estrelas pós- modernas circundando a multidão. O som que nos envolve, nos embala na balada balizando as distinções. O barulho, a batida, bane vazios entre sujeitos que se adjetivam aos sussurros ou aos berros aos ouvidos de quem quer... Quero mesmo é mergulhar em realidades virtuais, em imagens prolongadas de raios refletidos, em sucessões de analogias que se impõe aos indivíduos.