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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Saudade

Saudade é uma explosão que se dá de dentro para fora, É alento de dor mergulhado no prazer da lembrança perpétua, Silencioso vestígio de sua presença, Irreparável ausência de sua pessoa.

Partícula

O canto de um pássaro num fim de tarde, conversas isoladas num canto. Fotos congelando imagens em paralelo a uma memória esquiva, sem provas convincentes. Um perfume que exala lembrança, vestígios não investigados. Rumores, murmúrios, sons disformes flutuam no espaço e desaparecem como transeuntes no horizonte enevoado. Não há nitidez a não ser pelas moléculas de água que contra a luminosidade existente, apresentam um formato supostamente arredondado. Água: forma manipulável e volume fixo, fria, quente, morna contrapondo-se a prateleira de livros, duros, sólidos, maciços. A partícula d’ água pousa sobre o livro provocando uma verdadeira revolução, vindo a evaporar. O livro permanece o mesmo, intacto exceto por uma minúscula mancha em sua página. O que pensava eu exatamente quando a vi pousar? E os demais, que pensavam? Quem mais além de mim a viu? Seria sensato pousar meus pensamentos sobre as páginas de um livro como gotículas d’água que se precipitam causando uma tempes